terça-feira, 20 de março de 2012

Um pequeno Conto

          Foi logo de manhã, ele sempre acordava no mesmo horário, mas neste dia passou da hora, mas isso não significava nada mesmo, essa vida era um saco, nada de diferente acontecia, a não ser na sua mente, mas não se dava conta disso, acordava mesmo antes de acordar.
         No ponto de ônibus nem percebeu que já tinha passado, sua mente vagou, tudo bem passava o próximo, isso era o problema ele não ligava pra nada, era muito acomodado, nada o incomodava vivia em seu mundo paralelo, que um dia eu iria conhecer; como aconteceu quando ele entrou naquele ônibus...
         Sentava sempre no último banco na janela quando estava vago, ou em qualquer outro lugar na janela, não gostava de incomodar ninguém, e geralmente ia até o ponto final, mas nem sempre ia para mesmo lugar, apesar de sempre chegar ao trabalho, e nunca entendia por que chegava atrasado e também não conseguia dar nenhuma desculpa, quando perguntavam.
         Neste dia entrou naquele ônibus uma garota muito bonita, ele queria falar com ela, estava sentado no penúltimo banco na janela, tinha vários lugares vagos, será que ela iria sentar no meu lado ele pensou, mas sim ela sentou ao seu lado.

        Então ele puxou conversar, mas ele não estava mais ali, "nada disso que eu vou contar agora pode não ter acontecido", começaram então a conversar... o nome dela não dava pra lembrar muito bem, mas posso chamar de BIA, que conhecidência eles estudavam na mesma faculdade, papo vem papo vai, já estavam bem íntimos.
        Combinaram de se encontrar na faculdade, na hora do intervalo, então ali estavam eles na área de lanches, conversando como namorados, não precisavam dizer mais nada um olhar dizia tudo, ficaram ali o intervalo todo, e ele perguntou se ela ia embora de metrô, não foi a resposta dela, vamos subir já está na hora e os professores já devem ter voltado,  tchau então, nos vemos depois, na sala de aula se arrependeu de pedir seu telefone, mas poderiam se encontrar depois, e se ela não quisesse, mas aparecer por ali nunca mais a veria, pensou em esperar ali alguns dias, mas seria maluco, tinha gostado muito daquela garota e valeria a pena, naquela noite não conseguiu estudar direito.
        Então até que enfim a aula chegou no fim, iriam embora, foi até o ponto de ônibus, e ali aconteceu mais alguma coisa, ela também estava ali, oi você vem sempre por aqui, soou mais como uma piada do que uma cantada, ela disse que sim, você está indo pra onde, percebeu que talvez ela pudesse seguir o mesmo até, então foi assim mesmo que acontecia, mas ainda era muito cedo pra dizer se ia dar em alguma coisa, apesar de todos os acontecimentos, eu tinha que dar atenção para o meu colega e ela, quando chegamos no terminal perguntei que ônibus ela tomava dali, ela disse que tanto faz, às vezes ela pegava dois ou um direto, mas como um já estava parado lá, pegamos ele mesmo, era o caminho que eu fazia, e o meu colega também.
        Foi legal, meu colega chamou ela pra ir em um bar algum dia, coisa que eu devia fazer, ela disse que conhecia aquele bar e já foi algumas vezes com as amigas, ela aceitos, me senti um pouco desconfortável, mas tudo bem, ele era casado, ele estava me ajudando, na verdade eu que criei aquela situação, não queria que ela pensasse, qualquer coisa errada sobre mim, mas deu certo, está na hora de descermos é o próximo ponto, me despediu do meu amigo, e disse valeu e até amanhã.
        Quando o ônibus parou no ponto eu desci primeiro, segurei na mão dela, ela caiu bem nos meus braços, segurei-a bem firme e nossos rostos ficaram bem juntos então senti aquele clima que faltava e a beijei ....
        Nossa o ônibus deu uma sacudida, e ele acordou, e aquela garota é que não estava mais ali, já tinha descido faz tempo, e onde será que ele estava, desceu do ônibus e foi pro metrô, chegou atrasado no trabalho e sua vida chata continuou, já estava naquele trabalho há mais de dois anos, em uma época aonde ninguém ficava mais de quatro meses, ele estava ultrapassado, gostava de coisas que ninguém gostava mas ele vivia no passado, não que ele gostasse de viver, a vida era boa, mas nem sempre era como ele imaginava, então ele fechava os olhos...





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